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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Teatro Infantil: Penélope, a Repórter Cor-de-Rosa revela bastidores de telejornal para as crianças



Com direção de Carla Candiotto (prêmios FEMSA e APCA 2011) e atuação de Ângela Dip, o espetáculo infantil traz um dos mais populares personagens infantis da televisão brasileira para os palcos. Por meio de uma encenação divertida e ágil, o espetáculo revela para as crianças o funcionamento de um programa de televisão e propõe um bate-papo sobre o que cada um quer ser quando crescer


Quem foi criança na década de 90 já morreu de rir com a repórter bonita, popular e apresentadora de seu próprio telejornal. Agora, os pequenos da nova geração vão ter a oportunidade de conhecer esta hilária personagem e, ainda, se aproximar do universo da televisão. Com roupas, maquiagem e cabelos cor-de-rosa, a atriz Ângela Dip volta a interpretar um dos mais importantes personagens da televisão brasileira, agora no teatro, sob direção deCarla Candiotto (Prêmios FEMSA 2011 Por Histórias por Telefone e APCA 2011 por Histórias por TelefoneA Volta ao Mundo em 80 Dias e Sem Concerto- ambos na categoria de Melhor Direção). Trata-se do espetáculo Penélope, a Repórter Cor-de-Rosa, que estreia dia 29 de setembro, sábado, às 16 horas no Teatro Alfa.

A peça infantil tem texto de Flavio de Souza, direção de arte, figurino e adereços de Marco Lima, desenho de luz de Wagner Freire e trilha sonora deHelio Ziskind e Ivan Rocha. O contra-regra e ator Robson Villsac interpreta o assistente da protagonista. A personagem Penélope é inspiração do programa Castelo Rá-Tim-Bum, gravado pela TV Cultura de 1994 a 1997.

Toda criança já teve curiosidade em saber o que acontece atrás das câmeras da televisão. De onde vem a luz, os aplausos, os figurinos? Quantas pessoas precisam trabalhar para um programa ir ao ar? Em cena, a famosa jornalista apresenta seu telejornal no estúdio, com os bastidores abertos aos olhos do público. Desta forma, as crianças podem ver tudo, bem de perto, e aprender um pouco sobre produção de roteiros, atuação, iluminação, trilha sonora, cenografia, figurinos, efeitos especiais.

Carismática, a personagem também revela porque se tornou jornalista, qual o verdadeiro mistério sobre suas roupas e adereços cor-de-rosa, porque se chama Penélope etc. Além disso, propõe um descontraído bate-papo sobre carreira, aguçando a criatividade das crianças.

A criação
Para Ângela Dip, Penélope sempre foi um personagem muito forte e marcante. “Até hoje eu encontro fãs que têm entre 18 e 20 e poucos anos e muitos dizem que se tornaram jornalistas por causa da personagem. Como o figurino de Penélope é muito presencial, muita gente ainda não me reconhece como a atriz que interpretava o papel. Quando falo sobre o assunto em apresentações de stand-up, entrevistas ou twitter, as pessoas ainda se chocam e sempre me dão um feedback extremamente carinhoso.”

Desta forma, trazer a Penélope de volta sempre foi uma vontade de Ângela. Procurou Flávio de Souza (o mesmo autor de Castelo Ra-Tim-Bum) e pediu que escrevesse um texto. Depois, chamou Carla Candiotto - com quem tentava uma parceria há muito tempo -  para dirigir.

Juntas, Ângela Dip e Carla Candiotto adaptaram a personagem Penélope para as crianças da nova geração. “O espetáculo é uma oportunidade de apresentar uma figura que marcou época no programa da TV Cultura às crianças que ainda não a conhecem. Já os mais velhos vão matar as saudades desta deliciosa criação”, explica a diretora Carla Candiotto. ”Estamos explorando a personalidade da figura doidinha, curiosa, hiper-ativa, engraçada e que se veste inteirinha de rosa, livre de qualquer relação com o programa”, conta a protagonista.

O cenário do espetáculo reproduz um estúdio de televisão, com câmeras, refletores e tripés. Parte do figurino é idêntica ao de Penélope, do Castelo Rá-Tim-Bum, mas Marco Lima também criou adereços e novas peças para incrementar a montagem. Tudo rosa, é claro. A trilha sonora do espetáculo é recortada por seis músicas. Cinco delas são composições de Ângela Dip com melodias de Helio Ziskind e Ivan Rocha, criadas especialmente para a peça.

“Nesse sobe e desce de nossas carreiras, finalmente nos encontramos e vamos trabalhar juntas. Carla é uma super diretora de teatro infantil, tem uma pegada de comédia que eu admiro e combina comigo. Estamos nos dando muito bem neste trabalho”, conta a protagonista.

Para Carla Candiotto, Ângela Dip é uma “atrizona, que faz acontecer. Ela é segura, generosa, talentosa. Respeito muito o trabalho e a pessoa”, conta a diretora, que também faz parte do time de comediantes do programa Saturday Night Live, da Rede TV, desde a estreia, em maio deste ano.

(Douglas Picchetti – setembro / 2012)


Sobre a atriz Ângela Dip
Inicia a carreira no teatro, em Porto Alegre. Entre os principais espetáculos estão: "Sabor a Freud", dirigido por Debora Dubois; “O Barril” - uma comédia filosófica, dirigida por Vivien Buckup; “La Putanesca” - stand up comedy; “Hotel Lancaster” dirigido por Marcos Loureiro; “Escândalo” dirigido por Eliana da Fonseca; “Acordes Celestinos”, dirigido por José Rubens Chachá; “O Grande Dia”, dirigido por Marco Antônio Braz; “O Mambembe”, dirigido por Gabriel Villela; “As Guerreiras do Amor”, dirigido por Celso Frateschi; “Controle Remoto”, dirigido por Elias Andreato; “Kean”, dirigido por Aderbal Freire-Filho; “Uma Coisa Muito Louca”, dirigido por Enrique Díaz; “Ubu, Pholias Physicas, Pataphysicas e Musicaes”, dirigido por Cacá Rosset e “Zerói”, dirigido por Hugo Possolo dos Parlapatões – grupo o qual a atriz fez parte por 5 anos ininterruptos. Nos anos 80, com Grace Gianoukas e Marcelo Mansfield fundou um grupo que deu origem ao “Terça Insana”, onde participou por 3 anos consecutivos. Entre os seus principais trabalhos na TV, estão Penélope do programa infantil “Castelo Rá-Tim-Bum” produzido pela TV Cultura; Araci Barbosa da novela “Dance, Dance, Dance” produzida pela TV Bandeirantes e Tania da série adolescente “Malhação ID” produzida pela Rede Globo. Ainda na mesma emissora, realizou participações especiais nas novelas “Aquele Beijo” e “Avenida Brasil” (2012); nos seriados “Aline” (2011), “Retrato de Mulher”, “Retrato Falado”, “Sob Nova Direção” (2006/2007); no sitcom “Toma Lá, Dá Cá” (2008) e na minissérie “Maysa – Quando Fala o Coração” (2009). Na TV Cultura, participação nos seriados “Rá-Tim-Bum”, “Castelo Rá-Tim-Bum” e “Ilha Rá-Tim-Bum”.

Sobre a diretora Carla Candiotto
Iniciou sua carreira na Europa, onde morou 10 anos. Formada em teatro na “Ecole Internationale Philippe Gaullier”, em Paris, estudou com Monika Pagneux, Arianne Mnouskine Théâtre du Soleil, John Wright, Desmond Jones, Frank Armstrong e Théâtre de Complicité. É formada no método de consciência corporal Moshe Feldenkrais, nos USA, onde estudou 4 anos. Trabalhou 7 anos nos Doutores da Alegria. Na Inglaterra, trabalhou com a Cia Théâtre Sans Frontières nos espetáculos: “Cândido” (prêmio Electric Award Festival de Edimburgo, na Escócia) e participação no Festival de Avignon, na França; “O Corcunda de Notre Dame”,” La Belle et la Bette”, “African Tales”,” Le Roi Fou”, “The Day of the Dead”. Em Paris, trabalhou com a Cia Fleur de Peau de Denisa Namura no espetáculo “Scarllet” e com a Cia Paris 21 nos espetáculos “Cem anos de solidão” e “A sala número 6”. No Brasil, fundou em Paris com Alexandra Golik a Cia Le Plat du Jour, que tem em seu repertório os espetáculos: “As Filhas de Lear”, “Chapeuzinho Vermelho” (prêmio APCA 2001, Grande Prêmio da Crítica, melhor espetáculo infantil participação do Festival Teatrália, em Madrid, na Espanha); “Os Três Porquinhos” (prêmio APCA 2003 e Panamco Femsa de Teatro de melhor espetáculo e melhores atrizes) ; “Insônia”, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa” (este espetáculo realizou turnê pela Inglaterra, Escócia, Irlanda, França e China). “O Poço” (prêmio Myriam Muniz de Teatro), “João e Maria”; “Peter Pan e Wendy” (prêmio APCA e Coca-Cola Femsa de Teatro de melhor atriz); “Alice no país das Maravilhas”, “Pinóquio” e “Vilcabamba”. Além dos espetáculos da Cia Le Plat du Jour, dirigiu os espetáculos com os Parlapatões, Patifes e Paspalhões – “Sardanapalo” (primeira versão), “Zerói” (como assistente de direção) e “De cá pra lá de lá pra cá” (prêmio Coca-Cola de Teatro); com a Cia Pia Fraus Teatro - “Gigantes de Ar” e “Bichos do Mundo”; “La Mínima A la Carte” (direção de ator), “Cia Circo Mínimo - Deadly” (assistente de direção), “Orgulho”, “João e o Pé de Feijão” e “Road Movie”, Cia Linhas Aéreas – “Galinhas Aéreas”. Na Austrália, com Rodrigo Matheus dirigiu “New Breed” e “Love Happens” da NICA - National Institute of Circus Arts. Circo Amarillo – “Sem Concerto”, cia Solas de Vento – “A Volta ao mundo em 80 dias” e "Histórias por Telefone" (prêmio APCA de melhor espetáculo). Cia Delas indicado ao prêmio Coca-Cola Femsa de Teatro como melhor direção, melhor texto, melhor produção, melhor atriz e melhor figurino. Recebeu Prêmio APCA 2011 de melhor direção dos espetáculos Histórias por Telefone, A Volta ao Mundo e Sem Concerto.

FICHA TÉCNICA
TEXTO: Flavio de Souza. DIREÇÃO: Carla Candiotto. ELENCO: Angela Dip. DIREÇÃO DE ARTE CENÁRIO, FIGURINO E ADEREÇOS: Marco Lima. DESENHO DE LUZ: Wagner Freire. TRILHA SONORA: Helio Ziskind e Ivan Rocha. OPERAÇÃO DE LUZ, OPERAÇÃO DE SOM, MONTAGEM DE LUZ e CONTRA-REGRA / ATOR: Robson Villsac. PROGRAMAÇÃO VISUAL: Ricardo Vivona. PRODUÇÃO GERAL: Flávia Tonalezi.

SERVIÇO
Estreia dia 29 de setembro no Teatro Alfa, na Rua Bento Branco de Andrade Filho, 722 - Santo Amaro. Temporada: de 29 de setembro a 25 de novembro. Sábados e Domingos às 16h. Duração: 50 minutos. Ingressos: R$ 30. Indicado para crianças a partir de 3 anos. Ingressos: [11] 5693.4000 ou 0300.7893377.


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