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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Prosa e Canto com Rolando Boldrin - Gratuito


FLAUTARIAS - Gratuito


MUBE estreia musical infantil No Quintal de OZOM




No Quintal de OZOM é um espetáculo infantil montado a partir da adaptação livre da   Obra poética de Paulo Afonso (Tchê) - "O Jardim Ozom".   A peça conta a história de três plantinhas que fogem de seu planeta natal que foi destruído pela falta de harmonia de seus habitantes com o meio ambiente. Viajam pelas galáxias até chegarem a um quintal, no nosso planeta, onde conhecem um menino que aprende a se comunicar com elas e resolve se transformar em uma árvore. Através de uma simbiose, o menino e o quintal se iluminam no processo de fotossíntese.  A encenação cria uma metáfora para discutir a observação dos seres vivos que nos rodeiam e a importância de cuidarmos do nosso planeta.
A trilha sonora do espetáculo é executada ao vivo pelos atores, estimulando a percepção das crianças para vários tipos de instrumentos musicais, suas formas e sons.  As composições musicais passam pelo lírico, rock and roll, soul, pop, entre outros.
O autor do texto e compositor das músicas do espetáculo, Paulo Afonso (Tchê), é também compositor das músicas dos programas infantis "Curumim" e "Bambalalão", que foram ao ar pela TV Cultura, na década de 80.  A encenação contará, ainda, com projeções que prometem encantar as crianças.
"Através de canções, histórias e brincadeiras, o espetáculo percorre um caminho que propõe um diálogo direto com a plateia; abordando assuntos sobre a educação ambiental, a coleta seletiva de lixo, a reciclagem e uma discussão sobre a observação dos seres vivos que nos rodeiam", explica o diretor do espetáculo, Paulo Del Castro. Para ele, a educação ambiental deve ser uma ação educativa permanente e, de preferência, que tenha formato lúdico para que as crianças adquiram habilidades e atitudes necessárias para a transformação.

Serviço: Musical Infantil No Quintal de OZOM
Temporada: 04 de maio a 28 de julho de 2013
Horarios: sábado, às 15h30 e domingo, às 11h
Ingresso: R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)
 * Promoção - Quem trouxer livro não didático ou brinquedo em perfeito estado paga apenas R$7,50 . Todo o material arrecadado será doado para instituições de caridade.
Lugares: 192 lugares
Classificação: LIVRE
Teatro MuBE Nova Cultural - www.mubenovacultural.com.br
Endereço: Rua Alemanha, 221- Jardim Europa
  •   Bilheteria - Tel. (11) 4301-7521 
  • Ar condicionado
  • Vallet RS25,00
 FICHA TÉCNICA:
Texto: PAULO AFONSO TCHÊ
Músicas: PAULO AFONSO TCHÊ e LUCAS DONATO
Concepção geral e direção: PAULO DEL CASTRO
Elenco:
ALAN RIBEIRO - (Copo-de-leite)
CAROL CAPACLE - (Margarida)
FLÁVIA CRUZATTO - (Donna Grama)
WESS LEAL - (Menino)
LUIAN BORGES - (Jardineiro maluco / Sr. dos sons)
HELGA BAÊTA - (participação especial em vídeo como Mãe das Estrelas)
Desenho de luz: WAGNER FREIRE
Assistente de iluminação: ALESSANDRA MARQUES
Cenário: OSVALDO GONÇALVES
Figurinos, Adereços, Maquiagem e Visagismo: LÉO DINIZ
Direção Musical: HELGA BAÊTA e LUCAS DONATTO
Preparação vocal e canto: HELGA BAÊTA
Arranjos: LUCAS DONATO
Fotos: GAL OPPIDO
Preparação de corpo e coreografias: VANESSA PORTUGAL
Direção de Produção: PAULO DEL CASTRO
Produção Executiva: CRISTIANE MARQUES
Produção e direção de Vídeo (Multimídia): Dejair Martins Junior  
Construção de objetos sonoros (com materiais reaproveitáveis): ANDRÉ PEREIRA
Realização: PAULO DEL CASTRO / COOPERATIVA PAULISTA DE TEATRO






Cia Ludens comemora dez anos com estreia de peça no Centro Cultural São Paulo e lançamento de livros


Cia Ludens completa em 2013 uma década de atividades na área teatral. Como parte da celebração, seu novo espetáculo,Dançando em Lúnassa, do irlandês Brian Friel, estreia em abril no Centro Cultural São Paulo. E ainda neste semestre será lançada a Coleção Brian Friel, quatro livros com as peças Filadélfia, lá vou eu!O Fantástico Reparador de FeridasDançando em Lúnassa ePerformances, em parceria com a Editora Hedra. 

Depois das últimas produções O Fantástico Reparador de Feridas (2009), indicada a dois prêmios Shell Balangangueri, o lugar onde ninguém mais ri (2011), a Cia remonta seu primeiro trabalho, de 2004. E a estreia será no mesmo Centro Cultural em que estreou há quase dez anos a primeira montagem.  

Nesta nova montagem, que estreia no dia 26 de abril no Espaço Cênico Ademar Guerra, o diretor Domingos Nunez segue a linha de pesquisa de outros trabalhos da companhia, que tem buscado um diálogo entre a dramaturgia irlandesa contemporânea e a realidade brasileira. No caso de Dançando em Lúnassa, e na obra de Friel como um todo, aspectos da linguagem constituem a essência a partir da qual a ação da peça evolui.

Dançando em Lúnassa é o maior sucesso de Friel, já tendo sido encenada no mundo inteiro. No Brasil, a primeira encenação foi a da Cia Ludens, em 2004. A peça já esteve em cartaz na Broadway e foi adaptada para o cinema com o título em português A Dançada Paixões, com Meryl Streep no elenco.

O espetáculo se passa na pequena cidade fictícia de Ballybeg, em 1936, em um momento em que os modos de produção das comunidades rurais da Irlanda deixam de ser artesanais e passam a ser industriais. Narrando diretamente para a plateia, Michael relembra eventos como a chegada de um aparelho de rádio e o retorno de seu tio padre, doente, da África, que interferiram decisivamente na vida de sua mãe e tias. Intercaladas à narração, as cenas desvelam o cotidiano dessas cinco irmãs: seus afetos, paixões e desapontamentos. Às vésperas do festival em homenagem ao Deus pagão da colheita, Lugh, revelações importantes vêm à tona: a verdadeira crença do padre Jack, os propósitos quiméricos do pai de Michael e o colapso da estrutura familiar dessas mulheres calcada em princípios patriarcais, cristãos e hipócritas, que já não conseguem oferecer respostas a um mundo industrial e capitalista, anunciado pela chegada de fábricas e máquinas. A seu modo, com humor, cantando e dançando, as irmãs Mundy sinalizam o papel fundamental e mesmo revolucionário que as mulheres irão representar nessa nova ordem que se anuncia.

Fazem parte do elenco de Dançando em Lúnassa as premiadas atrizes Denise Weinberg (ganhadora dos prêmios APCA, Mambembe, Molière e Shell de teatro e sete prêmios em cinema), Sandra Corveloni (prêmio de melhor atriz do Festival de Cinema de Cannes em 2008) e Clara Carvalho (vencedora dos prêmios Shell, Qualidade Brasil, APCA e Mambembe). Completam o elenco os atores Mario Borges, Renato Caldas, Fernanda Viacava, Isadora Ferrite e Bruno Perillo.

FICHA TÉCNICA:

AUTOR: Brian Friel
TRADUÇÃO E DIREÇÃO: Domingos Nunez
PRODUTORAS ASSOCIADAS: Beatriz Kopschitz Bastos e Rosalie Rahal Haddad
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Julio Cesar Pompeo
PRODUTORA EXECUTIVA: Cristiana Gimenes
ASSESSORIA DE IMPRENSA: Fabio Camara 
FOTOS: João Caldas
CENOGRAFIA E FIGURINOS: Telumi Hellen e Paula De Paoli
ILUMINAÇÃO: Aline Santini
DIREÇÃO MUSICAL: Eliseu Paranhos
PESQUISA MUSICAL E ARRANJOS: Vinicius Leite
PREPARAÇÃO CORPORAL: Neide Neves
ELENCO: Denise Weinberg, Sandra Corveloni, Clara Carvalho, Fernanda Viacava, Isadora Ferrite, Renato Caldas, Mario Borges e Bruno Perillo.

SERVIÇO:

LOCAL: Centro Cultural São Paulo, Espaço Cênico Ademar Guerra (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso), 130 lugares. Acesso a deficiente.

DATA: 26/04 até 02/06 (Sexta e Sábado 21h e Domingo 20h)

INGRESSOS: R$ 10,00 e R$ 5,00 (meia entrada)

INFORMAÇÕES: 3397 4000

DURAÇÃO: 100 minutos

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

CIA LUDENS:

Fundada em São Paulo em 2003, dedica-se à investigação teórica e prática da dramaturgia irlandesa e seu diálogo com a realidade social, cultural e política do Brasil contemporâneo. A companhia realizou cinco montagens de peças inéditas no país –Dançando em Lúnassa (2004) e O Fantástico Reparador de Feridas (2009), de Brian Friel; Pedras nos Bolsos (2006), de Marie Jones; Idiota no País dos Absurdos (2008), de Bernard Shaw; Balangangueri, o lugar onde ninguém mais ri (2011), de Tom Murphy, todas com tradução e direção de Domingos Nunez. A companhia também realizou três ciclos de leitura – Teatro Irlandês do Século XX (2004); Teatro Irlandês do Século XXI – A Geração Pós-Beckett (2006) Bernard Shaw no Século XXI (2008). As peças curtas e inéditas de Shaw, objeto do ciclo sobre o autor, se tornaram a primeira publicação da Ludens – Quatro Peças Curtas de Bernard Shaw (2009), em parceria com a Editora Musa. Depois foi lançado The Uncle Jack (2011), em parceria com a Editora Humanitas/USP.   

BRIAN FRIEL:

Nasceu em Omagh, no condado de Tyrone, Irlanda do Norte, em 9 de janeiro de 1929. Dez anos mais tarde, sua família mudou-se para Derry, a segunda cidade da Irlanda do Norte, onde seu pai tornou-se militante da causa nacionalista irlandesa. As raízes de sua família materna, entretanto, encontram-se do outro lado da fronteira, no condado de Donegal, República da Irlanda, onde o autor costumava passar férias. O local foi transmutado na localidade fictícia de Ballybeg, que em gaélico significa “cidade pequena”, local da ação de muitas de suas peças.     
  
As peças de Friel abordam questões sócio-históricas como o colonialismo, a emigração e a diáspora irlandesa, a crise de violência na Irlanda do Norte nas décadas de 70 a 90, a introdução da língua inglesa no país e o gradual desaparecimento da língua irlandesa, privilegiando as tensões sociais geradas pelo conflito entre tradição e mudança, sem nunca perder de vista o indivíduo e as relações interpessoais. A consciência política é, portanto, sempre permeada por um ponto de vista mais pessoal em suas peças. A busca por uma linguagem e uma forma dramática que solucionem ou acomodem essa tensão talvez seja o que melhor caracterize a obra de Brian Friel.
No teatro Friel alcançou seu primeiro grande sucesso internacional em 1964 com Philadelphia, Here I Come! (Filadélfia, lá vou eu!). Suas peças mais celebradas são: Lovers (1967); The Freedom of The City (1973); Aristrocrats e Faith Healer (O Fantástico Reparador de Feridas, 1979); Translations (1980); Making History (1989);Dancing at Lughnasa (Dançando em Lúnassa, 1990); Wonderful Tennessee (1993); Molly Sweeney (1995); Give Me Your Answer, Do! (1997) e Performances (2003). A identificação do autor com a literatura e dramaturgia russas resultou em adaptações de textos provenientes daquele país. Ele reescreveu para o teatro, Three Sisters (1981),Uncle Vanya (1998) e The Bear (2002), de Tchekhov; e Fathers and Sons (1987) e A Month in the Country (1992), de Turgenev. Friel recebeu recentemente o título de Cidadão Honorário pela University City of Dublin, é um dos membros da Academia Americana de Artes e um dos Amigos da Sociedade Real de Literatura. Em 2008 Friel reescreveuHedda Gabler, de Ibsen, sua última peça até agora.

DOMINGOS NUNEZ:

Diretor, ator e tradutor, mestre em dramaturgia portuguesa e doutor em dramaturgia irlandesa pela Universidade de São Paulo (USP) começou suas atividades em Santa Catarina, seu estado natal. Já em São Paulo atuou em Os Cantos de Maldoror, de Lautréamont, sob direção de Maura Baiocchi. Fez a direção cênica do Coro Lírico do Teatro Municipal de Don Giovanni, de Mozart. Já com a Cia. Ludens traduziu e dirigiu Dançando em Lúnassa (2004), de Brian Friel, Pedras nos Bolsos (2006), de Marie Jones, Idiota no País dos Absurdos (2008), de George Bernard Shaw, O Fantástico Reparador de Feridas (2009), de Brian Friel, (02 indicações para o Prêmio Shell), Balangangueri, o lugar onde ninguém mais ri (2011), de Tom Murphy, sendo que os três últimos também fez a adaptação. Curador do Primeiro Ciclo de Leituras: O Teatro Irlandês do Século XX (2004), do Segundo Ciclo de Leituras: O Teatro Irlandês do Século XXI (2006) e do Terceiro Ciclo de Leituras: Bernard Shaw no Século XXI (2008).

DENISE WEINBERG:

A atriz, professora e diretora teatral é uma das fundadoras do Grupo TAPA, em que permaneceu por 21 anos. Nesse período atuou em Apenas um Conto de Fadas, texto e direção de Eduardo Tolentino, Trágico Acidente Destronou Tereza, de José Wilker e Tempo Quente na Floresta Azul, de Orígenes Lessa, os dois com a direção de Eduardo Tolentino. Em 1983, faz o seu primeiro texto de Nelson Rodrigues com Viúva, Porém Honesta. No ano seguinte, pela companhia Teatro dos Quatro, encena Tio Vânia de Anton Tchekhov, dirigida por Sérgio Brito, sendo indicada como melhor atriz ao Trófeu Mambembe. Em 2000 encena O Acidente, de Bosco Brasil, dirigido por Ariela Goldmann, primeiro trabalho após a saída do grupo TAPA. Em 2006 ganha os prêmios Shell e APCA de melhor atriz pelo espetáculo Oração para um Pé de Chinelo de Plínio Marcos e direção de Alexandre Reinecke. Também já faturou durante sua carreira 03 os prêmios Molière, 02 Mambembe, mais um prêmio APCA e 07 prêmios de cinema.  No ano passado ficou em cartaz na cidade de São Paulo com Isso é o que Ela Pensa de Alan Ayckbourn e direção de Alexandre Tenório. No cinema atuou em alguns filmes como Guerra de Canudos, Mauá – O Imperador do Brasil, Onde Anda Você?, Linha de Passe, Salve Geral e De Pernas para o Ar. Na TV realizou alguns trabalhos como nas minisséries Maysa – Quando Fala o Coração, Dalva e Herivelto – Uma Canção de Amor e Amor Eterno Amor, seu papel de maior destaque na televisão, todas na Rede Globo.

SANDRA CORVELONI:

Formada no curso de teatro avançado do TUCA (Teatro da Universidade Católica de São Paulo), fez sua estreia profissional, em 1990, na peça O Homem e o Cavalo, de Oswald de Andrade com direção de Pablo Moreira e Carlos Gardim. Durante os últimos 20 anos atuou As Viúvas, de Arthur Azevedo, Contos de Sedução, de Guy de Maupassant e Órfãos de Jânio, de Millôr Fernandes. No Grupo TAPA além de atuar trabalhou como professora e diretora. Foi indicada ao prêmio Shell 2012 de melhor direção pelo espetáculo  L’ Illustre Molière. No cinema conquista, em 2008, um dos prêmios mais importantes o de Melhor Atriz no Festival Cannes por sua atuação em Linha de Passe de Walter Salles e Daniela Thomas. Na TV realizou poucos trabalhos como em Malhação em 2010, O Brado Retumbante em 2012 e Amor Eterno Amor em 2012, todos na Rede Globo.

CLARA CARVALHO:

Atriz e tradutora iniciou a carreira artística com o balé, integrando do Corpo de Baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em 1985 começou a trabalhar com o Grupo TAPA. Atuou em diversas peças como Ivanov, de Tchecov, Vestido de Noiva e A Serpente, de Nelson Rodrigues, Rasto Atrás, de Jorge Andrade; todos com direção de Eduardo Tolentino, A Noite do Aquário e Dueto da Solidão; direção de Sérgio Ferrara, A Graça da Vida, direção de Aimar Labaki; Frankensteins; com direção de Jô Soares; Major Bárbara, Órfãos de Jânio e Retratos Falantes. Em 2010, estava no elenco de As Meninas, adaptação de Maria Adelaide Amaral para o romance de Lygia Fagundes Telles. No ano passado ficou em cartaz na cidade de São Paulo com Isso é o que Ela Pensa de Alan Ayckbourn e direção de Alexandre Tenório. Já recebeu diversos prêmios de melhor atriz como o Prêmio Shell por Órfãos de Jânio, em 2002, Qualidade Brasil também em 2002 por Major Bárbara, o APCA de 2003 por Frankensteins e o Mambembe por Ivanov em 1998. Clara também traduziu vários textos para o teatro como: TOC TOC, O Ensaio e Adorei o que você fez.

Ficção - montagem da Cia Hiato


Sesc Consolação apresenta Ocupação Workcenter de Jerzy Grotowski e Thomas Richards


Durante 1 mês, grupo italiano de Pontedera traz peças de teatro, oficinas e performances de um dos mais influentes homens do teatro do século 20

A obra do diretor e dramaturgo polonês Jerzy Grotowski é apresentada por meio
dos sucessores de seu trabalho, os herdeiros de seus ensinamentos de teatro Thomas Richards e Mario Biagini. A programação inclui conferências, projeções de filmes e lançamento de livros. A ocupação se dará durante quatro semanas no Sesc Consolação

Um dos nomes mais importantes do teatro do século 20, o polonês Jerzy Grotowski (1933-1999) fundou na Itália em 1986, a convite da Fondazione Pontedera Teatro, oWorkcenter, centro de trabalho artístico em que desenvolveria grande parte de sua pesquisa dramatúrgica revolucionária. A partir do dia 24 de abril, o Sesc Consolação dá início à Ocupação Workcenter de Jerzy Grotowski e Thomas Richards, projeto que apresenta a obra de Grotowski e seus colaboradores por meio de diversas atividades.

Durante as quatro semanas da ocupação, haverá a apresentação de espetáculos e performances, exibição de filmes, lançamento de um livro, conferências e sessões de trabalho com os diretores Thomas Richards e Mario Biagini, colaboradores de Jerzy Grotowski e representantes de sua obra. A programação se inicia no dia 24 de abril com o espetáculo Canções de Festa Elétrica e se encerra em 19 de maio com a performance Não Aos Ossos da História – Um Concerto de Poesias.

Durante os 13 anos de intenso trabalho prático no Workcenter, Grotowski transmitiu a Thomas Richards (que considerava seu "colaborador essencial" e também fundador do centro), e Mario Biagini (membro fundamental da equipe desde o início e atualmente diretor associado do centro) o fruto de sua vida de pesquisas, nomeando-os como os únicos representantes de sua obra.

Figura central no teatro do século 20, principalmente no experimental ou de vanguarda, Grotowski passou no Workcenter sua última década de vida, período no qual desenvolveu uma linha de pesquisa conhecida como “a arte como veículo” – oposta à ideia de arte como simples representação de algo e baseada na abordagem exclusiva da interioridade do ser humano. Grotowski também defendia um “teatro pobre”, desprovido de adereços e centrado no trabalho do ator.

Com a morte de Grotowski, Richards assumiu a direção artística do centro e levou adiante o seu trabalho. Hoje, o Workcenter é composto por 18 artistas de 10 países, divididos em duas equipes: o Focused Research Team in Art as Vehicle, dirigido por Thomas Richards e o Open Program, dirigido por Mario Biagini.

O Workcenter no Brasil
Em 1996, o SESC convidou Grotowski e o Workcenter para São Paulo para realizar um programa de um mês, composto de eventos como conferências, sessões de trabalho com companhias brasileiras, apresentações da composição performativa Action e um simpósio internacional no Teatro do SESC Anchieta.  Foi um projetomemorável para a comunidade teatral do Brasil e da América Latina, assim como um momento importante para o Núcleo de Grotowski e de Richards em sua primeira visita ao continente.

Desde então, o Centro retornou ao Brasil algumas vezes: em 2011, para um programa organizado pelo ECUM em Belo Horizonte, consagrando a pedagogia teatral, e em 2012, para uma apresentação de trabalho no Festival Internacional do Teatro de São José do Rio Preto e no Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana.

Agora, a convite do Sesc, o Workcenter está de volta a São Paulo para um projeto de quatro semanas que expõe a pesquisa artística de Grotowski e do centro e dá ao público a oportunidade de entrar em contato com uma das dramaturgias fundamentais da história do teatro.

PROGRAMAÇÃO:
ESPETÁCULOS

Canções de Festa Elétrica (ELETRIC PARTY SONGS)
Dias 24/4 e 25/4, quarta e quinta, às 20h, na Área de Convivência, térreo. Grátis.

Criada pelo Open Program e coordenada por Mario Biagini, Canções de uma Festa Elétrica (Eletric Party Songs) dá vida à poesia de Allen Ginsberg (controverso poeta americano da geração beat e referência para artistas como Jim Morrison e Bob Dylan) por meio de músicas e ações performáticas. Esse grupo internacional de artistas justapõe as composições originais com canções tradicionais do sul dos Estados Unidos, aproximando seus significados, ritmos e sons como a semente da criação dramática. Em um contexto informal e íntimo, com pequenas reuniões sociais, o espetáculo convida os espectadores a ter uma proximidade maior com o centro da ação.

Dirigido por Mario Biagini, o trabalho envolveu extensa pesquisa sobre canções tradicionais do sul dos Estados Unidos. O objetivo é transformar o que seria uma simples festa em uma manifestação artística. É criado um ambiente casual e íntimo onde os atores interagem com o público. Como uma brincadeira que se desdobra ao longo da noite, a peça compreende momentos de pausa, que favorecem esses encontros com a plateia. Também tem as feições de uma reunião social, onde a bebida e a comida ocupam o seu espaço e auxiliam na confraternização. 


Diretor: Mario Biagini. Equipe: Mario Biagini, Lloyd Bricken, Davide Curzio, Robin Gentien, Agnieszka Kazimierska, Felicita Marcelli, Alejandro Rodriguez, Suellen Serrat, Graziele Sena. 
Não recomendado para menores de 14 anos.

A Sala de Estar (The Living Room)
Dias 27 e 28 /4, 4, 5, 11 e 12 de maio , Sab. às 21h e domingos às 18h, Teatro Anchieta

O que acontece em Sala de Estar poderia se passar na sala da casa de qualquer pessoa. Nesta obra, a arte é o meio para fazer o público se sentir à vontade, tomar parte em um lugar em que todos se dão as boas-vindas. O grupo italiano da cidade de Pontedera localiza a trama em um cenário que lembra justamente uma sala de visitas: sofás, poltronas, uma mesa coberta por uma toalha elegante, cortinas, cadeiras, flores e tapetes. Para tanto, a encenação não acontece em um teatro, mas em uma casa de verdade. Focused Research Team in Art as Vehicle, dirigido por Thomas Richards, continua a pesquisa do Workcenter: “Esta nova criação no campo da Arte como Veículo nos leva a casa, ao lugar onde damos as boas vindas ao outro”, explica Thomas Richards.

Começando por essa ação fundamental, que pode acontecer em um salão, entra-se na investigação sobre como os potenciais do ofício da performance, que podem enriquecer e ser enriquecidos pelas realidades e relações interpessoais cotidianas. Dentro do encontro, um evento performático, estruturado e preciso, é revelada uma corrente viva de ações baseadas no trabalho de cantos de tradição e textos, explorando o que é preciso para nos despertar frente a nós mesmos, frente aos outros e ao mundo.

Diretor: Thomas Richards. Elenco: Antonin Chambon, Tzu-Len Chen, Benoît Chevelle, Jessica Losilla Hébrail, Bradley High, Tara Ostiguy, Min Jun Park, Cécile Richards and Thomas Richards

Não recomendado para menores de 14 anos. R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 8,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

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Eu Sou América (I Am America)Dias 16/5 e 17/5, quinta e sexta, às 21h, no Teatro Anchieta

Criado pelo Open Program de Mario Biagine, o espetáculo é baseado em composições musicais e textos poéticos do poeta Allen Ginsberg, investigando o significado da palavra poética e de sua ação, iluminando nosso papel e nossa função no contexto social, econômico e cultural.

"América eu te dei tudo e agora não sou nada.
América dois dólares e vinte e sete centavos 17 de janeiro de 1956.
América não agüento mais minha própria mente.
América quando acabaremos com a guerra humana?
[...]
Passa pela minha cabeça que eu sou a América. 
Estou de novo falando sozinho."

Não existe uma narrativa contínua na peça. A poesia é abraçada não apenas em sua temática, mas na sua composição formal. As palavras lançadas durante o espetáculo servem para lançar luz sobre o lugar onde estamos – intérpretes e espectadores.

Mesmo sem se aproximar de um discurso pedagógico ou de pretensões didáticas, a peça tem nítido caráter político. Parte do princípio de que a arte – nesse caso específico, a poesia – não é algo criado fora do mundo, mas uma força com impacto na paisagem social, econômica e cultural. Entre a multidão de anônimos que habita a cidade, está um poeta. Essa imagem serve como detonadora de uma reflexão sobre a América, termo que na encenação é utilizado em uma acepção mais ampla, com a ambição de significar mais do que uma única nação. 

Diretor: Mario Biagini. Elenco: Mario Biagini, Lloyd Bricken, Davide Curzio, Agnieszka Kazimierska, Felicita Marcelli, Alejandro Rodriguez, Suellen Serrat, Graziele Sena. 

Não recomendado para menores de 14 anos. R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 8,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).


PERFORMANCES:

Não Aos Ossos da História – Um Concerto de Poesias
(Not History’s Bones - A Poetry Concert) 
Dia 19/5, domingo, às 19h, no Teatro Anchieta.

Este evento em forma de concerto explora de maneira não discursiva as raízes de diversos estilos musicais contemporâneos. Esta exploração nasce como uma extensão natural dos muitos anos da pesquisa sobre os cantos de tradição. Os membros do grupo compuseram e arranjaram todas as canções usando a poesia de Allen Ginsberg e desatando a pluralidade de significados, percepções e intuições da palavra poética.

Diretor: Mario Biagini. Elenco: Mario Biagini, Lloyd Bricken, Davide Curzio, Robin Gentien, Agnieszka Kazimierska, Felicita Marcelli, Alejandro Rodriguez, Suellen Serrat, Graziele Sena. 
Não recomendado para menores de 14 anos. R$ 32,00 (inteira); R$ 16,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 8,00 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

SESSÕES DE TRABALHO:
Durante a estada do Workcenter em São Paulo, duas oficinas serão realizadas. Uma coordenada pelo diretor artístico do centro, Thomas Richards, e a outra pelo diretor associado, Mario Biagini. Os participantes das sessões-oficinas serão envolvidos em um trabalho prático intensivo sobre diversos tipos de cantos, entre eles os cantos antigos da tradição que constituem o elemento essencial da pesquisa do Workcenter. As sessões buscam uma abordagem do canto através da ação, da intenção e do contato. Durante o trabalho, os participantes se confrontarão com: vibração da voz, consciência do espaço e reação aos seus elementos constitutivos, improvisação dentro de uma estrutura.

Sessão de Trabalho com Mario Biagini
Dias 29/4, 30/4, 1/5 e 2/5, segunda à quinta, das 10h às 13h, na Sala Omega - 8ª andar.Não recomendado para menores de 16 anos. R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,5 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

Sessão de Trabalho com Thomas Richards 
Dias 7/5, 8/5, 9/5, terça a quinta, das 10h às 13h, na Sala Ômega - 8º andar. 
Não recomendado para menores de 16 anos. R$ 10,00 (inteira); R$ 5,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 2,50 (trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).

OUTRAS ATIVIDADES:

Conferência e Lançamento de Livro
Dia 3/05, sexta, às 20h, no Teatro Anchieta. Grátis.
Não recomendado para menores de 14 anos.
Retirada de ingressos 1h antes.

Está programada uma apresentação da publicação brasileira e um diálogo com o autor Thomas Richards. O livro "Trabalhar com Grotowski sobre as ações físicas", já publicado em oito idiomas, narra os primeiros passos do trabalho e do relacionamento de um aprendiz e um professor, Thomas Richards e Jerzy Grotowski.

Thomas Richards conheceu Jerzy Grotowski na Universidade de Yale em 1984. Ele passou a participar do programa de Grotowski, Drama Objetivo da Universidade da Califórnia, Irvine, tornando-se assistente de Grotowski em 1986, com a fundação do Workcenter em Pontedera, Itália.

Em seu livro, Richards articula com humor e auto-ironia a maneira em que ele encontrou os princípios fundamentais do ofício desempenhado durante seus primeiros anos com Grotowski. No apêndice, o livro também inclui um dos ensaios finais de Grotowski, da Companhia de Teatro de Arte como Veículo. Ao leitor brasileiro, a obra foi traduzida por Patricia Furtado de Mendonça.

Exibição de FilmesDia 10/5, sexta, às 20h, no Teatro Anchieta. Não recomendado para menores de 14 anos. Retirada de ingressos 1h antes. Grátis.

Durante os 26 anos de atuação do Núcleo, as suas obras de performance foram filmadas em momentos chaves do seu desenvolvimento, deixando traços no largo caminho da sua evolução. Durante o encontro, o público terá a única oportunidade de assistir a dois filmes:

Arte como veículo (1989)
Um documentário sobre o Downstairs Action, filmado no Núcleo em 1989 por Mercedes Gregory e produzido por Atlas Theatre Company.  Downstairs Action foi a maior composição criativa do Núcleo na esfera da arte como veículo entre 1988 e 1992.

Ação em Aya Irini (2003)
Um documentário de ação, filmado na igreja de Aya Irini, em Istambul, por um grupo cinematográfico dirigido por Jacques Vetter.  O filme foi produzido pelo Atelier Cinema de Normandie. As projeções de vídeo servirão de trampolim para uma discussão com Thomas Richards e Mario Biagini.


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